Bilhete Mensal deve deixar ônibus e trens mais cheios no fim de semana; cartão vale a partir de hoje
O Bilhete Único Mensal, que começa a valer neste sábado (30), deve deixar os ônibus da cidade de São Paulo e os trens do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) mais cheios nos fins de semana.
A previsão da prefeitura e do governo estadual é de que o novo cartão aumente a demanda por transporte fora dos horários de pico e também aos sábados e domingos. Segundo os órgãos públicos, os portadores do Bilhete Mensal usarão mais ônibus e trens para fazer deslocamentos fora da rota casa-trabalho.
O primeiro grande momento de herói da guitarra de Mark Knopfler – o solo gloriosamente melódico no sucesso do Dire Straits, “Sultans of Swing”, de 1978 – veio em um momento no qual o punk parecia tornar a ideia de um herói da guitarra obsoleta. Mesmo assim, Knopfler construiu uma reputação como um virtuose intensamente criativo (e também de um excelente compositor), mostrando um comando notável sobre diversos timbres e texturas – da distorção suja no sucesso “Money for Nothing” à precisão cortante em “Tunnel of Love”. Algo chave para o estilo característico de Knopfler: tocar sem palheta. “Tocar com os dedos”, disse, “tem algo a ver com imediatismo e alma”. A versatilidade de Knopfler o fez ser requisitado para projetos com artistas como Tina Turner, Eric Clapton e Bob Dylan, que chamou Knopfler pela primeira vez para Slow Train Coming, de 1979.
“Amo Hubert Sumlin”, disse Jimmy Page. “Ele sempre tocou a coisa certa no momento certo.” Durante mais de duas décadas tocando com Howlin’ Wolf, Sumlin sempre pareceu ter uma conexão quase telepática com o lendário cantor de blues, aumentando os gritos ferozes de Wolf com linhas de guitarra angulares e cortantes e riffs perfeitamente colocados em músicas imortais como “Wang Dang Doodle”, “Back Door Man” e “Killing Floor”. Sumlin, até um pouco antes de sua morte aos 80 anos, no dia 4 de dezembro do ano passado, subia ao palco na valiosa companhia de seguidores como Rolling Stones, Elvis Costello, Eric Clapton e Allman Brothers. “Você tenta contar uma história. Se você a conta direito, então a vive”, Sumlin disse uma vez sobre seu influente estilo. “Pode ser um pouco mais rápido ou ter um pouco mais de classe, mas, no caso, é tudo uma questão de tocar o blues ou não.”
A maioria das pessoas que toca blues é muito conservadora. Elas permanecem de uma certa maneira. Jerry Garcia pintava fora da moldura. Tocava blues, mas o misturava com bluegrass e Ravi Shankar. Tinha country e música espanhola ali. Havia muito de Chet Atkins nele – subindo e descendo as palhetas. É como colocar contas em um cordão, em vez de jogá-las pela sala. Jerry tinha uma noção tremenda de propósito. Quando você pega um solo, decide o que dizer, chega lá e o dá para o próximo cara. É como Jerry trabalhava no Dead. Era o sol do Grateful Dead – a música que a banda tocava era como planetas que orbitavam em volta dele. Não era nada superficial. Sempre foi muito divertido tocar com ele, porque era muito acolhedor. Subia e descia; eu ia para a esquerda e direita, e sabia que ele gostava disso, porque o Dead sempre me convidava de volta.
Quando Link Wray lançou a empolgante e soturna “Rumble” em 1958, ela se tornou uma das poucas músicas instrumentais a ser proibida de tocar nas rádios – por medo de que pudesse incitar a violência de gangues. Ao perfurar o cone do alto-falante de seu amplificador com um lápis, Wray criou o som distorcido e superdirecionado que reverberaria através do metal, punk e grunge. Wray, que orgulhosamente alegava ancestralidade indígena da tribo Shawnee e perdeu um pulmão para a tuberculose, era o arquétipo do durão em roupas de couro, e os títulos de suas músicas – “Slinky”, “The Black Widow” – já transmitem a força e a ameaça de seu estilo. Dan Auerbach, do Black Keys, diz: “Eu escutava ‘Some Kinda Nut’ repetidamente. Soava como se ele estivesse estrangulando a guitarra”. Quando Link Wray morreu, em 2005, Bob Dylan e Bruce Springsteen tocaram “Rumble” no palco em homenagem.
O Radiohead é a banda essencial do rock do século 21, e em Jonny Greenwood ela tem um dos guitarristas que definiram o século: um mago amante de efeitos cujo estilo infinitamente mutável alimentou as viagens incansáveis da banda – da pompa interestelar de “The Tourist” ao brilho nebuloso de “Reckoner”. Como The Edge, só que mais longe na estratosfera do rock artístico, Greenwood é um herói da guitarra com escassa conexão aparente com o blues e pouco interesse em fazer solos. É conhecido por atacar as cordas com um arco de violino e toca de uma forma tão maníaca que, às vezes, tem de usar uma tala no braço. Foram as explosões de ruído de Greenwood que marcaram o Radiohead como mais do que mais uma banda chorosa em “Creep”, de 1992 – um indicativo de seu papel crucial em levar a banda adiante. “Eu sempre o admirei”, falou Alex Lifeson, do Rush.
“Ele é um gênio musical”, Neil Young disse uma vez sobre Stephen Stills, seu companheiro de banda e guitarrista solo no Buffalo Springfield e no Crosby, Stills, Nash and Young. Stills é um dos guitarristas mais subestimados do rock, possivelmente por sua reputação estabelecida como cantor e compositor. Há mais de quatro décadas, desafiou e complementou as interrupções ferais de Young com um som com inflexões latinas e do country. Como seus solos retumbantes nos recentes shows de reunião do Buffalo Springfield demonstraram, Stills nunca perdeu seu fervor por estilhaços aventureiros. Ele conseguiu com que Eric Clapton e Jimi Hendrix fizessem aparições em seu álbum solo de estreia, Stills, de 1970 – o único na história do rock a contar com os dois gigantes da guitarra. “Gosto de todos os aspectos de me apresentar”, falou Stills, “mas realmente adoro subir e queimar a minha guitarra.”
IBGE: um quinto dos jovens no Brasil é “nem-nem”, que não estuda nem trabalha
Hanrrikson de Andrade
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) baseados na Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e divulgados nesta sexta-feira (29) mostram que o número de jovens de 15 a 29 anos que não estudava e nem trabalhava chegou a 9,6 milhões no país no ano passado, isto é, uma em cada cinco pessoas da respectiva faixa etária.
O número –que representa 19,6% da população de 15 a 29 anos– é maior do que a população do Estado de Pernambuco, que, de acordo com o Censo 2010, era de 8,7 milhões de pessoas. Na comparação com 2002, quando 20,2% dos jovens nessa faixa etária não estudavam e não trabalhavam, houve leve redução: 0,6 ponto percentual.
A Pnad é uma pesquisa feita anualmente pelo IBGE, exceto nos anos em que há Censo. No ano passado, a pesquisa foi realizada em 147 mil domicílios, e 363 mil pessoas foram entrevistadas. Há margem de erro, mas ela varia de acordo com o tamanho da amostra para cada dado pesquisado.