Monthly Archives: fevereiro 2020

Titãs – Vossa Excelência

Titãs – Vossa Excelência

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Estão nas mangas
Dos senhores ministros
Nas capas
Dos senhores magistrados
Nas golas
Dos senhores deputados
Nos fundilhos
Dos senhores vereadores
Nas perucas
Dos senhores senadores PSL , PSDB, DEM, SEM PARTIDOS

DESGOVERNO, NÃO-PRESIDENTE BANDIDO

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Senhores! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Corrupto! Ladrão! Senhores!
Filha da Puta! Bandido!
Senhores! Corrupto! Ladrão! PSL , PSDB, DEM, SEM PARTIDOS

Sorrindo para a câmera
Sem saber que estamos vendo
Chorando que dá pena
Quando sabem que estão em cena
Sorrindo para as câmeras
Sem saber que são filmados
Um dia o sol ainda vai nascer
Quadrado!Estão nas mangas
Dos senhores ministros
Nas capas
Dos senhores magistrados
Nas golas
Dos senhores Deputados
Nos fundilhos
Dos senhores vereadores
Nas perucas
Dos senhores senadores

Senhores! Senhores! Senhores!
Minha Senhora!
Bandido!… DESGOVERNO, NÃO-PRESIDENTE BANDIDO

Incapaz de governar, Bolsonaro comete violência sexual contra repórter

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Incapaz de governar, Bolsonaro comete violência sexual contra repórter

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto -
DesPresidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto

Agindo na posição em que se sente mais confortável, a de meme de grupo de WhatsApp, Jair Bolsonaro repetiu a grotesca violência de cunho sexual contra a repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, na manhã desta terça (18), em frente ao Palácio do Alvorada. A agressão já havia sido feita por um depoente na CPMI das Fake News e por seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

“Ela queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, afirmou Bolsonaro. Ao afirmar – de forma inconcebível para o líder de uma democracia – que uma jornalista ofereceu sexo em troca de informações, ele reforça a percepção de que é incapaz de ocupar a Presidência da República. Apesar de seu comportamento agressivo, egocêntrico, pouco empático e sem remorso demonstrar psicopatia, ele mostrou mais uma vez que usa, compulsivamente, o cargo de forma racional e consciente para cometer crimes contra aqueles que enxerga como adversários e no intuito de defender sua família.

Caso as instituições que exercem freios e contrapesos ao Poder Executivo estivessem funcionando normalmente, a Câmara dos Deputados autorizaria a abertura de um processo criminal apresentado pela Procuradoria-geral da República contra ele no Supremo Tribunal Federal. Ou começaria um impeachment, nem que fosse apenas para mostrar à sociedade que há limites. Mas não há. E, em nome das “reformas”, tudo é perdoado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência sexual como “todo ato sexual, tentativa de consumar um ato sexual ou insinuações sexuais indesejadas; ou ações para comercializar ou usar de qualquer outro modo a sexualidade de uma pessoa por meio da coerção por outra pessoa, independentemente da relação desta com a vítima, em qualquer âmbito, incluindo o lar e o local de trabalho”.

O presidente da República reverberava a declaração de Hans River Nascimento, ex-empregado de uma agência de disparo de mensagens digitais, que depôs na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News. Ele, que havia sido fonte do jornal, mentiu à CPMI sobre o que havia dito anteriormente e atacou de forma abjeta a repórter, dizendo que ela ofereceu sexo por informação.

Horas depois, a Folha de S.Paulo publicou as trocas de mensagens dela com o depoente, bem como documentos por ele fornecidos. Verificou-se que era ele quem havia dado em cima dela, ação que a repórter, educadamente, ignorou.

Com isso, Bolsonaro entreteve a claque que vai beijar sua mão diariamente na frente do palácio, rindo com a ignorância de seus próprios fãs, que a tudo aplaudem. Mas também animou os milhares de seguidores que compartilharam, nos últimos dias, memes com a acusação de que uma das mais premiadas jornalistas brasileiras trocou informação por sexo. Mantém, com isso, os soldados excitados e prontos para a “guerra cultural”.

Com esse teatro, o presidente dá apoio à estratégia adotada por seu filho, Eduardo Bolsonaro. Logo após o depoimento de Hans River, ele declarou, no Congresso Nacional e em suas redes sociais, que Patrícia Campos Mello pode ter “se insinuado sexualmente em troca de informações para tentar prejudicar a campanha de Jair Bolsonaro”. Exércitos de contas falsas e perfis reais passaram a atacá-la em uma das campanha de linchamento. Isso, claro, ajuda a nublar a capacidade da CPMI de investigar a tentativa de manipular o resultado da eleição de 2018.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro criou mais um factoide para desviar a atenção sobre a investigação a respeito da morte de Adriano da Nóbrega, o líder do grupo de matadores de aluguel “Escritório do Crime”, ligado ao antigo gabinete de seu filho, o senador Flávio. Preocupado com o que podem vir a descobrir sobre sua família nos celulares encontrados com miliciano, o presidente tentou se vacinar nesta terça: “Quem fará a perícia nos telefones do Adriano? Poderiam forjar trocas de mensagens e áudios recebidos? Inocentes seriam acusados do crime?”.

E, sobretudo, todo esse ruído ajuda a desviar o foco da economia: apesar do otimismo de parte do empresariado, ela segue derrapando e a geração de postos formais de trabalho continua em ritmo lento demais para um povo que está passando necessidade. O presidente já demonstrou que não sabe como fazer o país crescer mais rapidamente e seu ministro da Economia gasta tempo chamando funcionários públicos de “parasitas” e criticando o diminuto grupo de empregadas domésticas que conseguiu ir à Disney.

Sem contar os assessores que batem de frente com a bandeira de ética – do frondoso laranjal do ministro do Turismo, Álvaro Marcelo Antônio, ao conflito de interesses do chefe da Comunicação Social do Palácio do Planalto, Fábio Wajngarten – que continuam defendidos por Jair.

Bolsonaro precisa que ninguém perceba nada isso. O ataque de hoje não é mais uma golden shower, para citar uma tentativa de desviar o foco da opinião pública no Carnaval passado. O linchamento público promovido contra uma jornalista por um presidente, seu filho e seus aliados é um passo além: um teste que Bolsonaro faz com as instituições brasileiras. Aposta que os outros poderes são tão frágeis que vão se dobra. vão se dobrar, como já se dobraram o Coaf, a Receita Federal, a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República…

Se o ressentimento bolsonarista contra uma das principais repórteres investigativas do país – responsável por uma série que revelou como empresários gastaram milhões de reais em disparos em massa de mensagens de WhatsApp para beneficiar o então candidato Bolsonaro – segue mostrando seus dentes afiados, o governo prova que está entrando em uma nova fase. Em breve, vai se sentir mais livre. E despejar as aberrações que desejar.

A questão é que se o presidente continuar usando o mandato para praticar violência explícita contra aqueles que considera adversários e para defender a si mesmo e seus filhos sem que a sociedade dê um basta, um dos dois não chega a 2022: seu governo ou a democracia.

Fonte: Blog do Sakamoto

“Não dá mais para o Congresso passar a mão na cabeça de Bolsonaro”

Jair Bolsonaro - DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
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“O Congresso Nacional tem sido tímido nas reações a ataques do presidente da República, mas não é mais possível adiar uma ação enérgica do parlamento em defesa da democracia. Se o Congresso não reagir agora a Bolsonaro, será tarde demais mais para frente.”

A avaliação foi feita à coluna por Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados, após Jair Bolsonaro ter encaminhado a amigos vídeos que convocam a população para ir às ruas defendê-lo. A Folha de S.Paulo confirmou o envio com o ex-deputado federal Alberto Fraga, próximo ao presidente. A informação sobre esses envios foi trazida, inicialmente, por Vera Magalhães, de O Estado de S.Paulo.

A convocação para as manifestações de apoio ao governo, marcadas para 15 de março (data do quinto aniversário do primeiro grande protesto pelo impeachment de Dilma Rousseff), traz pautas como o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e a cassação ou prisão de suas lideranças. Ambos os poderes têm servido como freios e contrapesos a ações radicais e inconstitucionais de Bolsonaro.

Militantes pró-governo agitam a bandeira do “foda-se” hasteada pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno – que pediu ao presidente manifestações de rua contra o que ele chamou de tentativa do Poder Legislativo de “chantagear” o Executivo.

“É um comportamento reiterado, não é a primeira vez. O ministro do GSI disse que era necessário colocar o povo na rua contra o parlamento. Depois, isso partiu do próprio presidente”, afirma Molon.

Bolsonaro vem, sucessivamente, testando seus limites e a capacidade de resposta das instituições e da sociedade. Por exemplo, no dia 28 de outubro do ano passado, um vídeo postado nas redes sociais do presidente o comparou a um leão acossado cercado de hienas (animais carniceiros e que comem cocô), causando repúdio. Elas representavam o STF, os partidos políticos, os advogados da OAB, os bispos católicos da CNBB, a imprensa, entre outros. O leão era salvo por um outro, identificado como “conservador patriota” e, depois, trocavam afagos.

Ministros do Supremo reagiram com irritação. No dia seguinte, Bolsonaro pediu desculpas, afirmando que o vídeo foi publicado por terceiros. Seu filho, Carlos Bolsonaro, retrucou – segundo ele, havia sido o próprio presidente. Como consequência, um grupo de manifestantes cercou o carro do ministro Dias Toffoli, dois dias depois, bateu na lataria e estendeu uma faixa “Hienas do STF”.

Alessandro Molon disse à coluna que conversou com lideranças de partidos do centro e da direita, que também consideraram um absurdo o comportamento de Bolsonaro. Segundo ele, mesmo líderes que apoiam a pauta econômica do governo perceberam que chegou-se a um limite. “Não há clima para ignorar o que está acontecendo. Não dá mais para o Congresso passar a mão na cabeça de alguém que ocupa um cargo dessa importância, mas não age à altura”, afirma.

A declaração vai ao encontro do que disse o ministro do STF Celso de Mello. À coluna de Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo, afirmou que isso mostra “a face sombria de um presidente da República que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo”.

O líder da oposição solicitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), uma reunião dos colégios de líderes para dar uma resposta a Bolsonaro.

“É preciso avaliar com o conjunto das forças democráticas no Congresso Nacional. É algo muito grave uma denúncia de que o presidente tenha convocado para um ato cujo mote é atacar os poderes Legislativo e Judiciário”, analisa. “Quem deseja um modelo sem esses dois poderes independentes quer uma ditadura.

” Em resposta às críticas de que usou seu celular para encaminhar vídeos chamando para a manifestação, Bolsonaro postou, na manhã desta quarta (26), uma mensagem dizendo que tem 35 milhões de seguidores em suas redes sociais, mas no WhatsApp conta com “algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada, trocamos mensagens de cunho pessoal”. Afirmou que “qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”.

Mas não negou que tenha compartilhado o material.

O artigo 85 da Constituição Federal aponta que são crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra a Constituição e, especialmente, contra “o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da federação” (inciso II).

Democracia

“Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!” A declaração de Carlos Bolsonaro, postada em seu Twitter, em setembro do ano passado, foi prontamente rechaçada por políticos de vários matizes ideológicos e pela OAB.

Essa e tantas outras declarações do clã Bolsonaro, como a de seu outro filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, defendendo um novo AI-5, não causariam tanto arrepio se o governo de seu pai não tivesse comportamentos autoritários e manifestasse desprezo por instituições democráticas.

Para Paulo Arantes, um dos mais importantes pensadores brasileiros, que formou décadas de filósofos na Universidade de São Paulo, em conversa com este blog no final do ano passado, no limite, Bolsonaro vai tornar as instituições flexíveis às necessidades de acúmulo de seu poder. E já teria feito isso com a Receita Federal, o Coaf, a Procuradoria-geral da República, a Polícia Federal.

Questionado se o presidente odeia a democracia, Arantes cravou: “Odiar a democracia pressupõe que ele tem um conhecimento a respeito da natureza intrínseca daquilo que está enfrentando. Ele não está nem aí, isso não existe para ele. Para ele, isso é alguma idiossincrasia vocabular de jornalista, mais nada”

Fonte: Blog do Sakamoto

A Acadêmicos de Vigário Geral abriu os desfiles da série A criticando o desgoverno bolsonaro

A Acadêmicos de Vigário Geral abriu os desfiles da série A criticando o desgoverno bolsonaro

Escola do Rio usa palhaço com faixa presidencial para criticar Bolsonaro

A escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral fez crítica ao presidente Jair Bolsonaro durante desfile na Sapucaí na sexta-feira 21. Com o enredo “O conto do vigário”, a escola, que abriu os desfiles da série A, levou para a passarela um grande palhaço, vestido de terno, faixa presidencial e fazendo gesto de arma com as mãos. O carro alegórico fechou o desfile da escola.


A Acadêmicos de Vigário Geral abriu os desfiles da série A na Marquês de Sapucaí na sexta-feira 21

A escola de samba Acadêmicos de Vigário Geral fez crítica ao presidente Jair Bolsonaro durante desfile na Sapucaí na sexta-feira 21. Com o enredo “O conto do vigário”, a escola, que abriu os desfiles da série A, levou para a passarela um grande palhaço, vestido de terno, faixa presidencial e fazendo gesto de arma com as mãos. O carro alegórico fechou o desfile da escola.

O carro fazia parte da ala “Bloco Sujo” que fazia referência aos blocos de rua que se manifestam contra o descaso do poder público. Com fantasias de palhaço, diabo, marinheiro e melindrosa, os componentes carregavam estandartes com as palavras “Educação”, “Saúde”, “Cultura” e “Democracia”.

A presidente da Vigário Geral também criticou o prefeito Marcelo Crivella. De acordo com Elizabeth Cunha, a escola precisou pedir ajuda a co-irmãs para colocar o carnaval na avenida em 2020.

Representantes da Liga das Escolas de Samba do Rio (Lierj), que organiza o desfile da Série A, ainda apresentaram uma faixa com apelos ao governador Wilson Witzel, antes do desfile. A crítica foi pela falta de apoio do poder público às escolas da série, que “estão agonizando”.

Fonte: Carta Capital

Máquina de mentiras de Bolsonaro pra enganar seus apoiadores

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Máquina de mentiras de Bolsonaro quer enganar seus próprios apoiadores

Com lorotas fajutas, presidente trata seguidores como se fossem ingênuos ou idiotas

A turma do governo se emplumou na virada do ano para fazer uma comparação que parecia impressionante. Auxiliares de Jair Bolsonaro divulgaram que o custo das viagens do presidente em seu primeiro ano havia sido de R$ 8 milhões, ao passo que Dilma Rousseff havia gastado R$ 483 milhões em 2014.

A intenção era louvar o chefe e sua capacidade de gestão, em contraste com a gastança desenfreada dos “esquerdopatas”. A ministra Damares Alves escreveu: “Vamos deixar o povo julgar”. Mas era tudo mentira.
Os governistas emparelharam coisas totalmente diferentes. A cifra de Dilma englobava os gastos com passagens de todos os servidores do governo, enquanto o número de Bolsonaro levava em conta só as viagens do presidente. No ano passado, na verdade, o valor total destinado a passagens foi de R$ 421 milhões, segundo o Portal da Transparência.

A máquina de propaganda do bolsonarismo se alimenta de mentiras, informações distorcidas, dados maquiados e comparações esdrúxulas. A função desse mecanismo não é só confundir o debate público, mas principalmente enganar os próprios apoiadores do governo.

Em certas situações, o presidente elabora mentiras sob medida para suas bases. Criticado por seguidores, ele inventou que sofreria um impeachment se vetasse a destinação de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral.

A desonestidade chega a níveis ridículos. Na sexta (10), Eduardo Bolsonaro reclamou que os incêndios florestais na Austrália não receberam do Instituto Chico Mendes a mesma atenção dada às queimadas na Amazônia. Não deveria ser preciso explicar que o órgão ambiental federal não tem nenhuma relação com desastres em outros países.

Bolsonaro e sua equipe não espalham absurdos para fazer com que seus críticos mudem de ideia. O objetivo é convencer simpatizantes de que o governo vai bem e fazer com que eles mesmos espalhem essas lorotas de baixa qualidade. O presidente, nesse caso, trata seus apoiadores como se fossem ingênuos ou idiotas.Bruno Boghossian

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).