Monthly Archives: agosto 2021

“Calendas de Março” de Ivete Nenflidio une memória, política e literatura com sensibilidade e emoção

Os horrores dos anos de chumbo, o conflito armado e a repressão policial servem de pano de fundo para uma instigante história de amor, descoberta anos depois por uma mulher, durante um cenário tão complexo quanto o anterior: o período de pandemia da Covid-19.

Durante o isolamento social, Helena, personagem central do romance “Calendas de Março” de Ivete Nenflidio, ao buscar um refúgio temporário para seus temores, acaba encontrando um diário guardado no fundo de um baú, que a faz viajar pelo tempo e por suas memórias.

A personagem não apenas relembra os horrores da ditadura militar brasileira, que permeiam suas lembranças de infância, mas acaba descobrindo também uma poderosa história de amor e resistência, o que faz com que seja traçado um paralelo entre dois momentos históricos complexos vividos no Brasil.

Narrado em terceira pessoa, o livro transita pelas emoções de Helena e as de Luiza, aquelas encontradas no diário. Memórias que por vezes se identificam e se mesclam, mas também fazem com que a protagonista se transporte para uma outra realidade, chegando a se esquecer das angústias do tempo presente.

Por outro lado, a história de Luiza também faz com que Helena, a todo instante, retorne para a própria situação atual do país, já que se torna impossível para a protagonista não enxergar a conexão entre passado e presente.

“Assim como Helena, viajei em uma leitura na qual encontrei diversos paralelos com a realidade que me cerca. Ivete transita entre o interno e o externo, revelando os temores e angústias da protagonista em meio à quarentena, bem como as reflexões que ela estabelece entre o cenário político brasileiro atual e o dos anos de ditadura”, comenta Aione Simões escritora e Bacharel em Letras pela USP – Universidade de São Paulo.

O romance “Calendas de Março” aponta com criticidade a importância e até a urgência, da verdadeira história do Brasil não cair em esquecimento, a fim de não correr, mais uma vez, o risco de perder sua democracia.

“Ivete Nenflidio o faz com literariedade suficiente para que o texto diga o que precisa dizer com sensibilidade e emoção, que dão à obra sua atmosfera poética. Por sua beleza narrativa, provoca, em nós, o mesmo conforto que Helena encontra nas palavras de Luiza. Por sua mensagem de resistência, é um lembrete importante dos perigos de um passado que não pode retornar, mas que cada vez mais procura meios de se fazer, mais uma vez, presente”, explica Aione Simões.

Com 48 anos, natural de São Bernardo do Campo – SP, Ivete Nenflidio é escritora, pesquisadora das manifestações tradicionais e folclóricas brasileiras, curadora artística de festivais e articuladora cultural especializada em Sustentabilidade Aplicada aos Negócios, em Leis de Incentivo à Cultura.

Como autora publicou livros de poesia, contos, crônicas e romances, entre eles a antologia “Memórias Difusas” e “País Estrangeiro – Memórias de um Brasil profundo”, ambos pela Editora Beira, além da ficção “Calendas de Março”, obra viabilizada com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Santo André e Lei Aldir Blanc. Além de escrever para revistas especializadas em literatura e para o blog “Outros Brasis”.

Seus textos foram publicados pelo Selo Off Flip de Literatura 2021, nas coletâneas de contos e crônicas, a autora ficou em 1º lugar no 31º Festival Nacional de Poesias “Eunice Maria de Oliveira” e em 3º lugar no Concurso Camilo Pessanha, além de participar de diversas antologias poéticas, Ivete também recebeu o Prêmio por Mérito Cultural do Fundo Municipal de Cultura de Santo André – LAB, prêmio destinado ao reconhecimento de produções culturais realizados por pessoas ou coletivos que promovam iniciativas de fomento à cultura brasileira.

Encontre a autora nos portais: www.ivetenenflidio.com e www.escritas.org/pt/n/l/ive-nenflidio

SERVIÇO: Lançamento do livro “Calendas de Março”

Autora: Ivete Nenflidio

Ano: 2020

Livros disponíveis pela Amazon

https://www.amazon.com.br/s?k=ivete+nenflidio&__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&ref=nb_sb_noss

Ocupação Artística Canhoba tem fim de semana especial com programação virtual para todas as idades

No próximo fim de semana, a Ocupação Artística Canhoba, polo multicultural localizado em Perus, Zona Norte de São Paulo, apresenta uma vasta programação online gratuita chamada #CanhobaOnline, com atrações para todas as idades. A transmissão acontece no Facebook (www.facebook.com/ocupacaoartisticacanhoba) e no YouTube  (www.youtube.com/channel/UCfITeiFiBzm_MEXUGsRwsjw) da Ocupação Artística Canhoba.

No dia 27 de agosto (sexta-feira), às 17:00 e 20:00, o Grupo Pandora de Teatro apresenta “Jardim Vertical”, espetáculo que explora o universo nonsense, trazendo o olhar para a essência da personalidade autoritária no contexto brasileiro, imerso em um universo irreal e distópico.

Jardim Vertical – Foto de Levy Vitorino

De  forma cômica e satírica, a montagem transita pelo dia-a-dia de uma família que opta por se isolar do mundo externo em seu seguro apartamento no quadragésimo sétimo andar de um edifício. Um paraíso artificial onde o autoritarismo se revela através de aspectos significativos da nossa sociedade, como o conceito de família, as ambições patriarcais, os sonhos e os desejos por mudanças. 

No dia 28 de agosto (sábado), às 17:00 e 20:00, o Grupo Pandora de Teatro apresenta “Autoestrada para Damasco”, uma fábula que se passa na cabine do pedágio de uma estrada isolada, durante uma noite de ano novo. Ao som de uma laylist composta por grandes sucessos dos anos setenta, uma atendente, durante sua jornada cansativa e tediosa de trabalho, acaba descobrindo um grande amor: um Urso – Pardo, sem dinheiro para a tarifa.

Ainda no dia 28 de agosto (sábado), às 18:00, o Ereoatá Teatro de Bonecos, grupo de Lauro Freitas- Bahia, formado por sete bonequeiros/pesquisadores, apresenta “Metamorfose”. O espetáculo apresenta a rotina de um senhor sertanejo, vivendo as dificuldades da seca que assola o sertão. Em seu universo solitário, ele acaba descobrindo um mundo além das fronteiras da imaginação. Após a apresentação haverá um bate-papo sobre “Processo criativo e reflexo dos dias atuais na obra”

Ereoatá Teatro de Bonecos – foto Anderson Rodrigues

No domingo, dia 29 de agosto (domingo), às 17:00 e 20:00, é a vez de “Onde os neandertais vão para morrer”, do Grupo Pandora de Teatro. E após a sessão das 20:00, haverá um bate-papo com a Cia Ordinários de Teatro.

A peça une teatro e audiovisual e apresenta a história de um reality show feito em uma caverna, onde seus participantes seguem com estratégias para vencer, sem saber que uma pandemia devastou seu país. 

Inspirado na Alegoria da Caverna de Platão e no pensamento de Achille Mbembe: “A expressão máxima da soberania reside, em grande medida, no poder e na capacidade de ditar quem pode viver e quem deve morrer”, o espetáculo aborda questões sobre as políticas de vida e de morte. 

As apresentações do Grupo Pandora de Teatro fazem parte da mostra de repertório #Pandoraonline – Criações em tempos de isolamento, que desde junho vem sendo realizada em diversos espaços culturais periféricos de São Paulo. 

A Ocupação Artística Canhoba é um espaço público localizado fisicamente em Perus, Zona Norte de São Paulo, que foi construído em 2010 pela prefeitura da cidade, porém, com a obra paralisada, o espaço nunca chegou a cumprir sua função social. 

Em 2016, em uma parceria entre moradores locais, artistas e coletivos, o espaço foi revitalizado e se transformou em um polo cultural aberto ao público, reduzindo a escassez de espaços culturais públicos nesta região periférica da cidade. 

Com a programação  #CanhobaOnline, a Ocupação Artística Canhoba expande sua área de atuação para se conectar virtualmente com pessoas de diferentes localidades, e convida o público a adentrar no universo de cada coletivo através de suas criações. 

As ações fazem parte do projeto “Estatísticas dos Pássaros” realizado com apoio da 36° Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

SERVIÇO: Temporada #CanhobaOnline 

Onde assistir: www.facebook.com/ocupacaoartisticacanhoba ou

www.youtube.com/channel/UCfITeiFiBzm_MEXUGsRwsjw

Programação gratuita: 

Quando: 27 de agosto de 2021 (sexta-feira) – Horário: 17:00 e 20:00 (duas sessões)

Espetáculo teatral: “Jardim Vertical” – Com Grupo Pandora de Teatro

Sinopse: Uma fábula sobre compensação e artificialidade, apresenta as relações de uma família que vive isolada no quadragésimo sétimo andar de um edifício, onde é preciso abrir espaço para seus sonhos no cotidiano do possível. Duração: 80 minutos. Classificação indicativa: 12  anos – Grátis

Quando: 28 de agosto de 2021 (sábado) – Horário: 18:00

Espetáculo teatral: “Metamorfose” – Com Ereoatá Teatro de Bonecos @ereoata_teatro_de_bonecos

Duração: 30 minutos | Classificação indicativa: Livre – Grátis

Bate-papo após a apresentação com o tema “Processo criativo e reflexo dos dias atuais na obra”

Quando: 28 de agosto de 2021 (sábado) – Horário: 17:00 e 20:00 (duas sessões)

Espetáculo: “Autoestrada para Damasco” – Com Grupo Pandora de Teatro

Sinopse: Uma atendente de pedágio trabalha na noite de Ano Novo. É a véspera das comemorações. Está desanimada, até encontrar seu novo amor, um urso pardo sem dinheiro para a tarifa. Duração: 27 minutos. Classificação: Livre – Grátis

Quando: 29 de agosto de 2021 (domingo) – Horário: 17:00 e 20:00 (duas sessões)

Espetáculo: “Onde os neandertais vão para morrer” – Com Grupo Pandora de Teatro

Sinopse: Seis participantes de um reality show em uma caverna seguem com suas estratégias para vencer, sem saber que uma pandemia devastou seu país. Duração: 25 minutos. Classificação: Livre – Grátis

Após a apresentação das 20:00 do domingo, bate-papo com Cia Ordinários @ciaordinariosdeteatro

Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini – Cel (11) 99568-8773 – lucigandelini@gmail.com

Live do Conde: Caos hídrico

Live do Conde: Caos hídrico

Situação dos reservatórios do país é catastrófica. Desde o golpe, não houve planejamento no setor elétrico e a conta chega como um tsunami que atingirá todas as famílias e a economia brasileira, que já amarga estagnação, inflação, desemprego e, agora, uma absoluta falta de perspectivas com relação ao futuro.

SITUAÇÃO DOS RESERVATÓRIOS DO PAÍS É CATASTRÓFICA. DESDE O GOLPE, NÃO HOUVE PLANEJAMENTO NO SETOR ELÉTRICO E A CONTA CHEGA COMO UM TSUNAMI QUE ATINGIRÁ TODAS AS FAMÍLIAS E A ECONOMIA BRASILEIRA,QUE JÁ AMARGA ESTAGNAÇÃO, INFLAÇÃO, DESEMPREGO E,AGORA, UMA ABSOLUTA FALTA DE PERSPECTIVAS COM RELAÇÃO AO FUTURO.

SERÁ? AS PERSPECTIVAS PASSAM POR UMA MUDANÇA NECESSÁRIA EM BRASÍLIA.

PLANETA ÁGUA (GUILHERME ARANTES)

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão

Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população

Águas que caem das pedras
No véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranquilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos

Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d’água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão

Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas na inundação

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho
E deságua na corrente do ribeirão

Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população

Águas que movem moinhos
São as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água

Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água

ROLLING STONES – START ME UP

ROLLING STONES – START ME UP

CHARLIE WATTS (* 1941 + 2021)

Clarín Cia de Dança encerra temporada de “ou 9 ou 80” no Teatro Arthur Azevedo na Mooca

Nos dias 28 a 29 de agosto de 2021 (sábado e domingo), às 16:00, a Clarín Cia de Dança encerra a temporada de ou 9 ou 80 com apresentações presenciais na área externa do Teatro Arthur Azevedo, que fica na Avenida Paes de Barros, número 955, no bairro da Mooca, em São Paulo – SP.

Foto Paulo Cesar Lima

As apresentações serão gratuitas e realizadas seguindo todos os protocolos estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para a não propagação do vírus da COVID-19.

Celebrando a cultura do funk, passando por suas transformações desde que surgiu como movimento até a chegada do passinho, o espetáculo ou 9 ou 80reflete sobre como os movimentos culturais periféricos retratam o que vivem, com letras que abordam temas comuns cotidianos, com suas revoltas, abismos sociais, desesperança, mas também vontades, alegria e muita criatividade.  

O espetáculo traça um paralelo entre São Paulo e Rio de Janeiro, ao abordar as 9 mortes em um baile funk em Paraisópolis – SP e os 80 tiros no carro de uma família em Guadalupe – RJ, que resultaram na morte de um homem. Acontecimentos que são reflexos de ações desastrosas da Polícia Militar, tratamento comum dado às populações das grandes periferias. 

Embalado pelas letras do funk para narrar essa história, ou 9 ou 80 leva ao palco as vidas dos dançarinos das periferias dessas duas cidades, apresentando as dificuldades na vida de tantos jovens que sofrem diariamente com o racismo, a homofobia, a desigualdade social, e demonstra que, mesmo com tantos obstáculos, essas pessoas encontram nesses acontecimentos, lugares de inspiração e motivação para seguir na luta diária de viver, e viver da arte e da dança.

“A montagem aponta a necessidade do desenvolvimento humano em busca da felicidade contada através das letras do funk e dos corpos dos dançarinos. É um espetáculo que busca reverberar a dança urbana no coração de cada um, e mesmo com todas as dificuldades, celebrar a beleza da vida”, comenta Kelson Barros, que assina a direção artística.

A Clarín Cia de Dança, que tem à frente o diretor, bailarino e coreógrafo maranhense Kelson Barros, é um grupo formado por artistas com vivências na capoeira, breaking, ballet e danças brasileiras, que foi criado em 2009 dando continuidade às propostas do “Núcleo de Pesquisa Igi Ara”. 

Com artistas que se juntaram para experimentações em dança, a companhia se dedica atualmente à pesquisa com as danças populares do Brasil.

Kelson Barros, que possui em sua trajetória passagens pelo “Balé Folclórico de São Paulo – Abaçaí“, “Corpo de Baile Jovem do Teatro Municipal de São Paulo” e comissões de frente de diversas escolas de samba de São Paulo, atualmente é coreógrafo da Comissão de Frente da Escola de Samba Colorado do Brás, curador e produtor de Festivais e Companhias de dança.

Como produtor atuou com os grupos J.Gar.Cia de Dança Contemporânea, Cia. Mariana Muniz, Coletivo Shop Sui e Grupo Zumb.boys. Atualmente produz o Grupo Gumboot Dance Brasil, Trupe Benkady e Trupé Cia de Artes, com os quais foi premiado com Fomento à Dança e ProAc Cultura Negra e Circulação.

Mais informações em: www.facebook.com/ClarinCiadeDanca e www.instagram.com/clarinciadedanca

Site: clarinciadedanca.wixsite.com/clarinciadedanca

Teaser do espetáculo “ou 9 ou 80” : www.youtube.com/watch?v=_4vr9-8xihc

FICHA TÉCNICA: 

Direção Artística: Kelson Barros | Intérpretes Criadores: Iguinho Imperador, Juju ZL, Mario MLK Bros, Pablinho Idd, André Oliveira DB, Yoshi Mhoroox e Yure Idd | Figurino: Gabriela Araújo | Trilha: Dj Seduty e Yure Idd | Produtor: Dafne Nascimento | Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini | Produção Executiva: Cazumbá Produções Artísticas 

SERVIÇO – Últimas apresentações da temporada do Espetáculo “ou 9 ou 80

Com Clarín Cia. de Dança

Sinopse:  Embalado pelo funk e o passinho, o espetáculo traça um paralelo entre as 9 mortes em um baile de Paraisópolis – SP e os 80 tiros no carro de uma família em Guadalupe – RJ. Um ponto de conexão entre as duas cidades para representar os inúmeros acontecimentos que não são registrados pela mídia, mas que habitam o cotidiano de jovens nas grandes periferias, transitando pelo racismo, homofobia e desigualdade social, mas também por lugares de inspiração e motivação para seguir na luta diária de viver, e viver da arte e da dança. Duração: 50 min

Classificação Etária: LIVRE

Valor: Grátis – retirada de ingressos uma hora antes na bilheteria do teatro

Quando: 28 e 29 de agosto de 2021 (sábado e domingo)

Horário: 16:00

Onde: Teatro Arthur Azevedo

Endereço: Av. Paes de Barros, 955 – Mooca, São Paulo – SP, 03115-020 – Telefone: (11) 2604-5558

Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini – Cel (11) 99568-8773 – lucigandelini@gmail.com