Monthly Archives: novembro 2021

Coletivo As Trapeiras promove live com o tema “Fortalecendo Mulheres” e recebe convidadas especiais

No dia 01 de dezembro de 2021 (quarta-feira), às 19:00, o Coletivo As Trapeiras promove a live “Fortalecendo Mulheres” no instagram @astrapeiras. Um encontro virtual que marca o encerramento do projeto “Fortalecendo Mulheres”, contemplado na 17ª edição do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais do Município de São Paulo (VAI) 2020 – Modalidade 2, que desde março de 2021 se conecta com mulheres trans e cis criando um espaço de fuga do cotidiano para dialogar, criar estratégias e fortalecer suas redes de apoio.

Foto Dani Garcia

Com a participação de uma profissional atuante em Serviços Especializados de Atendimento à Mulher, uma frequentadora destes mesmos serviços e uma das artistas parceiras do projeto, As Trapeiras promovem um bate-papo para compartilhar experiências vividas em conjunto durante o último ano, marcado pelo avanço da pandemia da COVID-19 e pelo crescimento alarmante dos índices de violência contra a mulher. 

Uma narrativa sobre as iniciativas que foram adaptadas para o universo digital na tentativa de superar este momento desafiador, criando espaços de diálogo e acolhimento para as vítimas.

Além de criar estratégias para que as mulheres conseguissem participar das ações online, como a disponibilização de chips de internet para as participantes que necessitassem, com o projeto “Fortalecendo Mulheres” o Coletivo As Trapeiras buscou fomentar o empoderamento feminino através da arte, com a realização de apresentações do espetáculo de teatro fórum “Tramarias: Libertando-se das Tramas” e também oficinas que envolveram a construção de xequerês, danças circulares e práticas teatrais.

As ações foram realizadas em parceria com sete Serviços de Atendimento à Mulher, localizados nas cinco zonas da cidade de São Paulo, espaços escolhidos em razão de seu alto índice de vulnerabilidade social e um quadro grave de violência contra a mulher, de acordo com o Mapa da Violência Contra a Mulher.

Em março, as ações iniciaram com mulheres que possuem vínculos com o Centro de Defesa e Convivência da Mulher – Casa Mariás, um espaço integrativo para mulheres vítimas de violência doméstica localizado na Zona Norte de São Paulo

Nos meses seguintes, o grupo se conectou com mulheres do CDCM Casa Sofia (Zona Sul), CDCM Casa Viviane dos Santos, CDCM Casa Anastácia e  Centro de Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva Casa Ser Maria Auxiliadora Lara Barcelos(Zona Leste), Centro de Referência à Mulher (CRM) Casa 25 de Março (Zona Central), e CCM Casa de Parelheiros (Zona Sul). 

Durante a execução do projeto, o Coletivo As Trapeiras também buscou disseminar informações relevantes e caminhos para ampliar a rede de proteção das mulheres, como é o caso do aplicativo PenhaS, do instituto AzMina, que tem abrangência nacional e oferece apoio para mulheres em relacionamentos abusivos.

Neste período, aconteceu também o lançamento do portal www.astrapeiras.com, uma plataforma virtual de visibilidade para mulheres cis e trans com informações sobre o combate à violência de gênero, textos de inspirações para o autocuidado e incentivo ao trabalho realizado por mulheres que passam ou passaram por violência doméstica, além de uma loja virtual com temática feminista de produtos utilitários com artes exclusivas da ilustradora Helena Ariano e diagramação da Designer Gráfico Thais da Silva Ribeiro

O coletivo As Trapeiras foi fundado em 2015 por Sabrina Motta, Jessica Duran e Ivy Mari Mikami. Já contou com as artistas Carol Doro, Patrícia Silva, Marina Afarez, Cecília Botoli, e atualmente é integrado pelas artistas plurais Amabile Inaê, Ivy Mari Mikami e Verónica Gálvez Collado.

Mais informações: www.astrapeiras.com

Instagram: @astrapeiras

Facebook: www.facebook.com/astrapeiras 

Youtube: www.youtube.com/channel/UCrDAharuzeZCtg7tazFJGHw/featured 

SERVIÇO: Live “Fortalecendo Mulheres”

Com Coletivo As Trapeiras e convidadas

Sinopse: um encontro virtual para compartilhamento de experiências e reflexões sobre os desafios do combate à violência doméstica contra a mulher durante a pandemia da COVID-19 e estratégias encontradas para fortalecer possíveis redes de apoio.

Quando: 01 de dezembro de 2021 (quarta-feira) 

Horário: 19:00 às 20:00 

Onde assistir: Instagram www.instagram.com/astrapeiras

Convidadas: uma profissional de Serviços Especializados de Atendimento à Mulher, uma frequentadora destes serviços e uma artista colaboradora. 

Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini – Cel (11) 99568-8773 – lucigandelini@gmail.com

“O Egoísmo”, por Mia Couto e Agualusa

“O Egoísmo”, por Mia Couto e Agualusa

Duas pandemias?

No dia em que a Europa interditou os voos de e para Maputo, Moçambique tinha registado 5 novos casos de infeção, zero internamentos e zero mortes por COVID 19. Nos restantes países da África Austral a situação era semelhante. Em contrapartida, a maioria dos países europeus enfrentava uma dramática onda de novas infeções.

Cientistas sul-africanos foram capazes de detetar e sequenciar uma nova variante do SARS Cov 2. No mesmo instante, divulgaram de forma transparente a sua descoberta. Ao invés de um aplauso, o país foi castigado. Junto com a África do Sul, os países vizinhos foram igualmente penalizados. Em vez de se oferecer para trabalhar juntos com os africanos, os governos europeus viraram costas e fecharam-se sobre os seus próprios assuntos.

Não se fecham fronteiras, fecham-se pessoas. Fecham-se economias, sociedades, caminhos para o progresso. A penalização que agora somos sujeitos vai agravar o terrível empobrecimento que os cidadãos destes países estão sendo sujeitos devido ao isolamento imposto pela pandemia.

Mais uma vez, a ciência ficou refém da política. Uma vez mais, o medo toldou a razão.  Uma vez mais, o egoísmo prevaleceu. A falta de solidariedade já estava presente (e aceite com naturalidade) na chocante desigualdade na distribuição das vacinas. Enquanto, a Europa discute a quarta e quinta dose, a grande maioria dos africanos não beneficiou de uma simples dose. Países africanos, como o Botswana, que pagaram pelas vacinas verificaram, com espanto, que essas vacinas foram desviadas para as nações mais ricas.

O continente europeu que se proclama o berço da ciência esqueceu-se dos mais básicos princípios científicos. Sem se ter prova da origem geográfica desta variante e sem nenhuma prova da sua verdadeira gravidade, os governos europeus impuseram restrições imediatas na circulação de pessoas. Os governos fizeram o mais fácil e o menos eficaz: ergueram muros para criar uma falsa ilusão de proteção. Era previsível que novas variantes surgissem dentro e fora dos muros erguidos pela Europa. Só que não há dentro nem fora. Os vírus sofrem mutações sem distinção geográfica. Pode haver dois sentimentos de justiça. Mas não há duas pandemias.

Os países africanos foram uma vez mais discriminados. As implicações económicas e sociais destas recentes medidas são fáceis de imaginar. Mas a África Austral está longe, demasiado longe. Já não se trata apenas de falta de solidariedade. Trata-se de agir contra a ciência e contra a humanidade.

Mia Couto

José Eduardo Agualusa

FONTE: MONDOLIVRO

DOM QUIXOTE (LEGENDA EM INGLÊS)

DOM QUIXOTE (LEGENDA EM INGLÊS)

A AVENTURA DE TOM SAWYER (LEGENDA EM INGLÊS)

A AVENTURA DE TOM SAWYER (LEGENDA EM INGLÊS)

OS MISERÁVEIS (LEGENDA EM INGLÊS)

OS MISERÁVEIS (LEGENDA EM INGLÊS)