O Brasil não tem nos mostrado ultimamente uma face esplendorosa, mas sejamos justos isso aqui já foi pior, os nossos jovens hoje não enfrentam a repressão nas ruas, hoje temos “liberdade” para falar o que quisermos, vestir o que nos dar na telha, podemos até fazer moda, podermos ouvir nossas músicas favoritas, podemos até criar músicas, podemos cantá-las se quisermos em qualquer lugar, desde que em lugar apropriado, mas essa falsa sensação de liberdade acaba por ai, o medo hoje não é de um grupo específico, antes a violência tinha nome e sobrenome, mas hoje ela está em todo lugar, até dentro da família existe violência, tem família por ai que pai mata filho e vice- versa isso quando não vemos famílias inteiras chorando por seus filhos mortos por causa da violência, o mal agora se veste de mocinho, não tem rosto é anônimo, diante do espelho olhamos e não enxergamos os bandidos eles estão invisíveis e quando conseguimos prender um aparecem mais mil no lugar.
Desejamos dias melhores para todos nós, não porque queremos, mas porque precisamos, as pessoas não conseguem mais viver refém do medo, em todos os olhos que olhamos estamos lá no fundo procurando provas de que não devemos confiar nas pessoas pré-julgando nossos semelhantes é fato vivemos em um mundo repleto de desconfianças e incertezas, que acabam nos levando a temer as nós mesmos.
Muitos no nosso país deveriam usar como auto reflexão o espelho, para saber qual a visão do Brasil diante do mundo, e qual a visão que os brasileiros tem do Brasil e isso é o mais importante, pois é obrigação nossa saber quais são nossas limitações e fraquezas para que ninguém não só no Brasil como no mundo venha nos criticar por omissão.
O espelho é uma artimanha do tempo, para que possamos ver as transformações ocorridas com cada um de nós ao longo da vida. E por mais que não tenhamos coragem de ficar em frente ao espelho, a realidade estará lá, esperando haver coragem suficiente em nós, para encarar os fatos, mudando aquilo que depende de nós e pedindo fé a Deus para aceitar as coisas que não dependem.
Juliana Passos