Brasil 2014: Pão e Circo
Pois bem, item indispensável em nossas residências é o espelho. Sim, o espelho para que possamos nos observar todos os dias e refletir sobre o que somos e o que pensamos, sem qualquer vergonha da imagem vemos, aliás, mais que observar é fundamental e honrado assumirmos o que somos de verdade.
Sejamos francos. Apesar da sapientia e o reconhecido talento do Ilustre jornalista Cosme Rimoli, o texto não demonstra absolutamente nada que já não soubéssemos desde a tal cerimônia para definir quem sediaria o evento, na qual o Brasil foi o escolhido. E quando menciono nós, quero dizer cada indivíduo que nasce e morre sob as mazelas deste País.
O que fizemos quando o Brasil foi “contemplado” com a honraria? O que dissemos? Refletimos a respeito? A tal sociedade civil organizada discutiu algo a respeito? Não, definitivamente não; e ainda aplaudimos e fizemos festa como um bando de símios enjaulados, felizes por serem agraciados por um punhado de pipocas atiradas em suas caras.Sobretudo, aqueles que levantaram a bandeira cujo lema é: será ótimo para os negócios. O turismo, os investimentos no país, a infraestrutura de primeiro mundo, tão esperada nas cidades brasileiras. O glorioso legado da Copa.
Os mesmos que disseram em altos brados que aqueles que como eu, eram e são contra o tal evento no Brasil, por razões óbvias, não passavam de ignorantes que não entendiam a grandiosidade do fato e os benefícios que este proporcionaria.
E agora, o que aconteceu? Por acaso mudaram de ideia?
Ou perceberam que o achaque também bateu em vossas portas?
Para o Inferno com seus protestos vazios e vis; para o Inferno com suas posturas patrióticas e sua falsa preocupação com a coletividade.
O banquete está servido: deliciem-se, calem-se e aproveitem a festa.
Shalom aleikhem.
Luiz Almeida