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Dia internacional de luta sem fim das mulheres, 8 de março
Carta ao amigo
São Paulo, 03 de agosto de 2017.
Oi, amigo H,
Ontem foi mais um dia triste para mim e para tantos milhões de brasileiros. Não sei como foi para você. Eu gostaria de saber, mas não vou. Queria saber o que pensa de tudo que se passou desde o ano passado quando foi aprovado o impeachment de Dilma. Queria saber sua opinião, suas considerações. Talvez eu ficasse mais triste. Realmente não sei. Penso até que você nem se preocupava com isso.
Tá difícil até escrever hoje. Tenho tantas angústias estocadas no peito. Queria poder ter um amigo pra me ajudar neste momento. Queria entender porque tantas pessoas foram tomadas de ódio e nem se tocaram disso. Queria saber porque as pessoas não conseguem enxergar o que está muito claro. Muitos amigos gostaram do impeachment, apoiaram os golpistas, entraram em brigas homéricas para derrubar a esquerda do poder.
Eu achei tudo isso um grande desastre. Foi uma grande derrota. Mesmo assim, eu não baixei a cabeça nem vou baixar, não vou fugir da luta, não vou ficar esperando nenhum salvador, não abandonar minha rebeldia, não vou parar de gritar Fora Temer! Não vou guardar minhas riquezas progressistas. Jamais vou me arrepender de ser assim. Eu ficaria triste se estivesse cego, se fosse um … Não sei. Não sei do que chamar alguém que fica “aí parado com cara de viado que viu caxenguelê” (Raul Seixas escreveu Capim guiné). Ouve lá. Talvez entenda o que quero dizer.
As desculpas e justificativas dadas pelos nobres deputados para votar pela não denúncia contra o golpista Temer foram de deixar envergonhados os que realmente são contra a corrupção. Temer distribuiu verbas para todos os vendidos. Foi noticiado incessantemente nos meios de comunicações de todas as vertentes. Convocou bandidos para jantares. Não sei quem é pior: Temer por comprar ou os deputados por receber as verbas. Tudo absolutamente legal (assim espero), mas imensamente imoral. Muitos incautos até declararam abertamente que consideram Temer culpado. Disseram que esperariam terminar o mandato para apurar os crimes. Alguns disseram sim e saíram apressados. Pelo menos não nos fizeram perder tempo com suas justificativas inaceitáveis.
Será que nós, os eleitores, lembraremos seus nomes, seus partidos? Não vão faltar imagens para isso. Eu vou procurar com muito cuidado as listas dos nomes dos traidores ( e também dos falsos moralistas que votaram pela denúncia por saber que o placar estava folgado para o golpista. Se ele precisasse, os falsos votariam contra a denúncia). Eu vou divulgar e falar o tempo todo os nomes dos traidores do povo. Pode até não apagar o incêndio, mas não abro mão do meu papel de beija-flor.
Ainda acredito que vamos ter muitas batalhas. Não acho que parou tudo por ali. Os anos de chumbo ainda sobrevivem. Os fantasmas do passado insistem em nos rodear. Eu nasci nos malditos anos. Não sabia o mínimo do que se passava. Só descobri depois que cresci e aprendi nos livros. Agora eu vivo a História.
Vou parando por aqui.
Um abraço saudoso.
O amigo E.C.
P.S. CREIO QUE HOJE SE TRATA DE UM EX-AMIGO POIS ELE AINDA DEFENDE O GENOCIDA E FALA MAL DO ESTADISTA.
PLATÃO – DISCÍPULO DE SÓCRATES
PLATÃO – DISCÍPULO DE SÓCRATES
O filosofo Grego Platão, foi discípulo de Sócrates e professor de Aristóteles. Escreveu sobre uma grande variedade de assuntos, tais como Política, Estética, Cosmologia e Epistemologia. Até hoje fazemos referência ao “Amor Platônico” e aos “Ideais Platônicos”. A busca de Platão pela verdade e pelo conhecimento formou a base de grande parte da Filosofia Ocidental.
SÓCRATES, DE ATENAS, O FILÓSOFO
SÓCRATES, DE ATENAS, O FILÓSOFO

Considerado um dos maiores nomes da Filosofia clássica, junto com Platão e Aristóteles, Sócrates é famoso por ter contribuído para os primeiros estudos dessa área, sendo considerado, inclusive, patrono da filosofia ocidental.
Alguns duvidavam da existência de Sócrates. Contudo, depois que os diálogos com seus discípulos, como Platão, vieram à tona por meio de obras escritas, teve-se a certeza da sua vida e obra.”
Vida
Sócrates nasceu em 470/469 a.C. em Atenas, na Grécia. Seus pais eram Sophroniscus e Phaenarete. Foi casado com Xantipa. Teve três filhos: Lamprocles, Sophroniscus e Menexenus.
Nasceu em uma família humilde, com poucos recursos financeiros. Seu pai era escultor e apresentou ao filho esse ofício, com o qual trabalhou durante a juventude.
Além de escultor, Sócrates serviu ao exército ateniense durante três temporadas. Depois que se aposentou, passou a exercer os dons pelos quais é mais conhecido: o de educador e de filósofo.
Segundo relatos, Sócrates levava uma vida simples. Participou ativamente da democracia da cidade de Atenas. Inclusive, serviu aos militares como um soldado durante três anos, chegando a participar da Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.).
Estudos detalham que Sócrates não tinha a aparência considerada muito agradável aos demais olhos. Foi descrito como um homem baixo, robusto e com grandes olhos saltados. Platão, seu aluno, chegou a afirmar que ele não era “nada atraente”. O ateniense também ficou conhecido por ter sido retratado de forma pejorativa em algumas sátiras. Tinha poucos amigos.”

“Ao contrário dos pré-socráticos, que discutiam questões relacionadas à natureza, Sócrates e os socráticos apreciavam analisar questões humanas, seus valores, verdades e fundamentos.
Para os socráticos, os homens fariam melhor se investigassem a si mesmos: a verdadeira descoberta estava no interior da alma humana, e não fora dela.
O filósofo foi tido por muitos como um homem sábio justamente por assumir não saber de nada. A frase mais célebre atribuída a ele é: “Só sei que nada sei”. Alguns consideram-na o paradoxo de Sócrates.”
Segundo relatos, Sócrates começou a atuar com Filosofia quando, ao fazer uma visita ao Oráculo de Delfos, disseram que ele não saber de nada o tornava o homem mais sábio do mundo.
Considerado por alguns como o primeiro a ter pensamentos humanistas, Sócrates gostava de desenvolver suas reflexões filosóficas em praças públicas de Atenas. Conversava com jovens, em especial sobre política e religião, buscando saber o que pensavam.”
Conhecido por ser questionador, Sócrates apreciava formular perguntas para saber quem sabia o quê. Acreditava que, ao dialogar, chegava-se ao conhecimento. Algumas vezes, apontava falhas no raciocínio alheio.
Segundo o filósofo, não saber algo era positivo, pois assim seria possível caminhar em direção ao saber e, com isso, alcançar um conhecimento seguro.
Especialistas atribuem a Sócrates a criação de uma das mais importantes figuras de linguagem: a ironia. O método é estabelecido ao se interrogar o interlocutor com uma série de perguntas até que uma contradição surja invalidando a suposição inicial. Para sair dessa indecisão, o interlocutor teria que praticar o exercício da maiêutica, que significa a arte de parturejar.
Para alguns estudiosos, o método socrático, que tem como princípio construir o conhecimento em vez da mera transmissão de ideias, é uma das melhores formas de ensino já concebidas.
Estudos indicam que, ao confirmar sua ignorância, Sócrates demonstrava um tipo de sabedoria. Ele tinha como foco unir o saber ao fazer.
Não há registros e obras escritas por Sócrates. Naquela época, havia dificuldades em guardar material escrito. Além disso, relatos apontam que ele considerava a tradição oral mais importante.
Sócrates confiou seus estudos aos discípulos. Isso significa que o que realmente se sabe sobre ele é por meio dos seus alunos, entre os quais Platão, Xenofonte e Aristófanes.
Mestre de Platão, era considerado por ele o homem mais sábio e justo de Atenas. Uma das obras mais famosas que retrata o filósofo são os 35 diálogos em forma de conversa de Platão.

Sócrates foi acusado de ser ateu e de se associar aos sofistas, ensinando os jovens a serem selvagens e desrespeitosos e, com isso, corrompendo a juventude.
O filósofo também foi acusado de ser contra a democracia, por estimular as pessoas a pensar, questionar as regras e desenvolver o lado intelectual.
O Conselho dos Quinhentos, órgão político democrático ateniense, condenou Sócrates à morte por ele não ter acreditado nos deuses da cidade. Porém, ele poderia ter outra opção de pena. O pensador disse que preferia a morte do que desmerecer toda a sua capacidade filosófica.
Com isso, em 399 a.C., Sócrates optou por acabar com sua vida após ingerir um copo de cicuta (veneno), aos 70 anos.
Silvia Tancredi – Jornalista”
FONTE: BRASIL ESCOLA