De Filho para Pai
Saudações a todos.
Ontem, dia 27 de fevereiro de 2014, tive a oportunidade de assistir ao nascer do dia com os primeiros raios de Sol entre as nuvens, como há muito não via.
Mas, algo estava diferente. O dia foi diferente.
Os raios de sol já não iluminaram nem aqueceram como antes.
A brisa já não soprou, acariciando meu rosto, como outrora.
Já à tardinha, o pôr do Sol que contemplo desde quando ainda criança, já não parecia tão belo, como antes.
Ao cair da noite, como todas as noites, fui ao quintal a fim de contemplar a beleza do céu, o brilho das estrelas, a presença imponente da Lua. Porém, o céu já não me encantou como antes, as estrelas já não tinham o mesmo brilho, pareciam tristes e a Lua parecia procurar qualquer pequena nuvem para esconder-se dos meus olhos.
Ao deitar-me e repousar minha face no travesseiro macio; olhei para dentro de mim, e já não era mais o mesmo. Um pedaço me faltava. Que pedaço era este? Não consegui identificá-lo.
Minha alma grita, minha mente não ouve. Logo, não compreende.
Mas, este pedaço se foi e o espaço que ficou jamais será preenchido.
Hoje, ao abrir os olhos, o vazio. O espaço vago.
A peça que completava o quebra-cabeça de minha história se perdeu e por mais que eu tente desesperadamente encontrá-la, sei que estará perdida para sempre.
O espaço vazio que me enfraquece, limita e entristece permanecerá até o momento em que será preenchido pelas lembranças, pela memória, pela alegria de um dia tê-lo ocupado por algo que será, para sempre, insubstituível.
Anteontem, dia 26 de fevereiro de 2014, meu Papai, meu amigo e eterno General, encontrou a sua verdadeira liberdade.
Se foi, após lutar bravamente, por muito tempo.
Ao final, quando suas forças já quase não existiam; eu estava ao seu lado e mais uma vez, uma última vez, ele me abençoou como o fez desde sempre, ao mesmo tempo em que num último esforço passou sua mão cansada em minha face, na tentativa de enxugar minhas lágrimas e uma vez mais, cuidar de mim e não me ver sofrer.
Meu Papai. Meu Amigo. Minha referência. Trilha agora um novo caminho; tenho certeza que a bordo de sua valente motocicleta. Da mesma maneira de quando o conheci. Em sua melhor forma.
Pedro José Antunes de Almeida, que nasceu em 29 de junho de 1934, viverá para sempre em minha mente e coração.
Meu eterno GENERAL, se houvesse nova oportunidade, eu o seguiria novamente.
Obrigado por todas as coisas, sobretudo por fazer de mim o homem que sou.
Fique em Paz e como lhe disse em nosso último momento: Eu o amo; sempre amei. E irei amá-lo para sempre.
Até breve.
Luiz Almeida
Bonito! De onde vc tirou?
O meu amigo Luiz fez ao pai dele que faleceu recentemente. Eu também achei muito bonito. Tenho certeza que também é verdadeiro. O Seu Pedro é um excelente pai. Embora ele tenha partido, ainda está presente em sua família.
Cara, que conto bonito! É muito importante para todos saberem como demonstrar os seus sentimentos em relação as pessoas próximas e ajudá-las sempre que necessário.
legal cara muito bonito o texto o vo vai estar sempre presente em nossos corações