Ar e terra
Água e fogo
brisa fresca, venha lobo
Voando por aí, rastejando por aqui
Molha tudo, queima o que for pra queimar
Suave como a brisa que vem do mar
Venha, lobo. Eu sou cruel demais
Não poupo cordeiros
devoro voraz
Não estou atoa e nem numa boa
sinto o vento, porem atento
não sou lobo, muito menos bobo
Onde quer que você vá
Não haverá paz
Onde quer que você se esconda
Vai ser encontrado
Vai ser avacalhado
O castigo será mordaz
Me sinto mais esperto
Eu estou perto
Fiquem atentos
Com os olhos abertos
Pois meu olhos são afinados
Mas eu não sou aliado, muito menos culpado
Talvez inimigo, se você olhar para o seu umbigo
Fique atento, por onde anda com seu terno
Olhe ao redor
Liberte sua dor
Você é fraco, como um caco
Porem machuca, como a faca
Não quero saber dos seu problemas
eu tenho os meus
Cada um cuida dos seus
Se eu puder ajudar
Talvez eu ajude
Se não puder
Não vou atrapalhar
Eu vou buscar o caminho da Paz
Eu vou plantar boas sementes
Não abro mão de ser alguém
Não quero deixar meu jardim murchar
Não são lobo e muito menos serei
Você eu já não sei
Já amigo do lobo, o bobo poderá ser
Lobo come cordeiro
Cordeiro não come lobo
Tem cordeiro em pele de lobo
nunca vi cordeiro em pele de lobo
Alguém já viu?
Tem lobos em pele de pessoas
Tem cordeiros em pele de pessoas
É difícil distinguir
É difícil analisar
Talvez o bobo pode perceber
Porem só o lobo, pode saber.
Igor Menezes e Elton Carlos