Metrô demite cerca de 60 funcionários e a Greve continua

Metrô demite cerca de 60 funcionários e a Greve continua

Secretário dos Transportes acredita que greve no Metrô não chegará até 5ª feira

Secretário dos Transportes acredita que greve no Metrô não chegará até 5ª feira

A greve é um direito extensivo a todos os trabalhadores, inclusive aos funcionários públicos. Cabe aos trabalhadores decidirem quando e porque a usarão como instrumento de pressão para que os patrões ou os governos atendam às suas reivindicações. Por esta razão, ninguém pode ser punido por realizá-la.

A Lei Federal nº 7.783/89 regulamenta o direito de greve. Segundo o artigo 6º, os empregadores não podem, em hipótese alguma, constranger o empregado para que ele volte ao trabalho ou impedir a divulgação do movimento.

Em seu artigo 7º, a mesma lei diz que é vedada a rescisão de contrato de trabalho, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, durante o período de greve.

A greve é a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, da prestação de serviços ao empregador. Este direito é garantido pela Constituição Federal, em seu artigo 9º: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

METRÔ DEMITE…

O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse nesta segunda-feira (09), em entrevista à JOVEM PAN, que cerca de 60 funcionários do Metrô foram demitidos por conta da greve que estabeleceu o caos na cidade de São Paulo. Segundo Fernandes, as demissões ocorrem por justa causa e os afetados já estão sendo notificados.

“Iniciamos às 8h, estamos emitindo mais ou menos 6 dezenas de demissões por justa causa, aqueles que já foram catalogados, com provas materiais de vandalismo, aqueles que barraram fisicamente, que incitaram a população a pular a catraca”, contou o secretário no Jornal da Manhã sobre quem são os dispensados do Metrô.

Fernandes afirmou ainda que os funcionários que não compareceram ao trabalho também serão mandados embora também por justa causa nesta segunda-feira, à tarde. Nesse caso, eles cometeram um falta gravíssima, segundo ele. Então, está sendo preparada uma lista com o nome desse funcionários. O secretário revelou, porém, que alguns já se conscientizaram e já retornam às suas funções.

“Alguns mais prevenidos e vendo essa barbaridade contra a população começam a voltar ao trabalho… De 1.500 funcionários, 295 já voltaram a trabalhar.  (…) Nós vamos retomando a situação” disse.

Questionado sobre a greve no metrô afetar a mobilidade nesta quinta-feira (12), dia do jogo do jogo de abertura da Copa do Mundo, em Itaquera, o secretário falou que, sim, existe um plano de contingência, mas não acredita que este será colocado em prática.

“Não vamos chegar até lá. A greve está retrocedendo. Todos aqueles que vão participar da abertura… Tranquilos. Nós todos estamos analisando todas as tentativas, mas nãos será preciso utilizar esse plano de contingência, mas ele vai existir”, admitiu.

Em vez de negociar, Alckmin promove violência e ameaça de demissão

O governador Alckmin está adotando uma postura cada vez mais truculenta. Em vez de abrir as negociações com o Sindicato, ele tenta calar os trabalhadores usando a violência de sua polícia. Na manhã de hoje, ele mandou a Tropa de Choque bater nos metroviários que estavam dentro da estação Ana Rosa.

Logo depois, os meios de comunicação começaram a noticiar que o governo pretende demitir trabalhadores em greve.

Contra a repressão, os metroviários têm de manter sua unidade. Esta é a melhor resposta a um governo que quer massacrar os trabalhadores em vez de dialogar.

Fontes: Jovem Pan e Site do Sindicato dos Metroviários

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