Protestos contra o Prefeito de São Paulo
Ato dos profissionais da Educação
Hoje, dia 30 de maio, os professores da Rede Municipal de São Paulo decidiram manter a Greve iniciada há 37 dias. Eles realizaram um Ato de Protesto no Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura.
Em reunião com os presidentes do SINPEEM e da APROFEM, o Secretário da Educação César Callegari propôs incorporar o abono de 15,38% em três vezes nos próximos três anos e não falou sobre as outras reivindicações dos professores a respeito de melhor estrutura nas escolas, saúde dos profissionais da Educação, segurança no ambiente de trabalho e outras reivindicações constantes na pauta. O abono proposto não é aumento como alega a Prefeitura e não atinge a totalidade dos profissionais da Educação.A proposta foi rejeitada e vaiada pelos manifestantes.
O aumento que o prefeito Fernando Haddad diz ter dado não passa de uma incorporação conquistada pelos profissionais de Educação no ano de 2011 em acordo com o ex-prefeito Gilberto Kassab.
Sem garantir o pagamento dos grevistas mediante a reposição das aulas e sem dar garantias de que vai cumprir o acordo proposto, o prefeito e o secretário da Educação querem que os profissionais voltem ao trabalho. Vale lembrar que no ano passado, houve Greve e o prefeito não cumpriu as propostas do acordo que encerrou-a.
Aproximadamente 6 mil manifestantes estiveram presentes e culparam o prefeito pela Greve, pois ele não apresentou uma proposta condizente com as necessidades de todos os setores da Educação.
Ato dos moradores de rua
Aproximadamente 100 moradores de rua e assistentes sociais fizeram um protesto no Viaduto do Chá, na frente da Prefeitura de São Paulo contra a “higienização da cidade” e queimaram uma réplica da taça da Copa do Mundo.
A Pastoral da Rua e o Catso (Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais) organizaram o Ato. A ação dos policiais militares e dos guardas civis metropolitanos contra 50 famílias que se abrigavam debaixo do viaduto Alcântara Machado impulsionou o Ato.
Havia um pacto entre Prefeitura e Estado para não remover as famílias, Entretanto não foi cumprido.
Segundo relatos, os policiais chegaram derrubando tudo enquanto as famílias dormiam e até botaram fogo em uma das barracas. Muitos moradores não conseguiram salvar seus pertences e documentos. A Polícia usou bombas de gás e de efeito moral na ação.
De acordo com a PM, 50 pessoas ocupavam o local e botaram fogo em entulhos para impedir a ação dos policiais. Um reintegração de posse teria motivado a remoção dos moradores.
Durante a noite, os moradores voltaram ao Viaduto Alcântara Machado e fizeram novo protesto e bloquearam a faixa de ônibus da Radial Leste.
Ato dos comerciários
Os comerciários protestaram na frente do prédio da Prefeitura de São Paulo contra a lei que institui feriado no dia 12 de junho, data da abertura da Copa, pois ela os exclui do benefício. Pela lei, eles não têm direito ao pagamento de hora extra, vale-alimentação excepcional para feriados e um dia de folga. Ninguém da Prefeitura recebeu os representantes dos comerciários para negociar.
Na próxima semana, os comerciários pretendem fazer um novo protesto em frente à Câmara. Eles informam que levarão uma faixa com os nomes dos vereadores que votaram a favor do projeto de lei que institui o feriado.
Fonte: Folha de São Paulo