Quando as guitarras dão os show…39

“Não me considero um solista”, disse o guitarrista do AC/DC sobre seu estilo maníaco. “É como se fosse uma cor; eu a coloco ali para empolgar.” A abordagem que Angus Young e seu irmão guitarrista Malcolm desenvolveram nos primeiros anos do AC/DC – percursos pentatônicos de alta velocidade sobre power chords trovejantes – tornou-se uma tradição do hard rock e milhões de guitarristas no mundo todo têm seus licks em “Back in Black” e “Highway to Hell” gravados na memória. “Malcolm e Angus fizeram mais com três acordes do que qualquer outro ser humano”, disse Slash. O personagem de Angus Young no palco – uniformes escolares, trotando como um Chuck Berry em miniatura – é tão excêntrico quanto seu estilo. “Ele é como o Clark Kent!”, disse o vocalista do AC/DC Brian Johnson à Rolling Stone em 2008. “Entra em uma cabine telefônica e sai como um moleque de 14 anos, pronto para o rock!”

 Buddy Guy se acostumou a pessoas chamando seu estilo de guitarra de um monte de barulhos – de sua família, na rural Louisiana, a Phil e Leonard Chess, donos da Chess Records, que, diz ele, “não deixavam que eu me soltasse como queria” em sessões com Muddy Waters, Howlin’ Wolf e Little Walter. Mas, à medida que a nova geração de roqueiros descobria o blues, o estilo de Guy se tornava influência para titãs como Jimi Hendrix e Jimmy Page. Seu jeito extravagante – bends intensos, distorção proeminente, licks frenéticos – em clássicos como “Stone Crazy” e “First Time I Met the Blues” e suas colaborações com o falecido mestre da gaita Junior Wells, elevaram o padrão para a fúria de seis cordas. Sua performance ao vivo continua eletrizante. “Ele era para mim o que Elvis foi para os outros”, afirmou Eric Clapton na introdução de Guy no Hall da Fama do Rock and Roll em 2005.

Fontes: Rolling Stone e Youtube

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