O mexicano Carlos Santana tinha concluído o ensino médio em São Francisco, em 1965, quando a cena musical da cidade explodiu, expondo-o a diversas revelações – blues elétrico, ritmos africanos e jazz moderno; mentores da guitarra como Jerry Garcia e Peter Green, do Fleetwood Mac – que se tornaram vertentes essenciais na psicodelia de ritmos latinos de sua banda homônima.O timbre e o sustain cristalinos de Santana fazem dele um raro instrumentista que pode ser identificado em apenas uma nota. Quanto a seu estilo ousado e exploratório, ele dá crédito parcial a seu consumo de ácido. “Não dá para tomar LSD e não encontrar sua voz, porque não há onde se esconder. Você não vai soar plástico ou bonitinho.” A força acolhedora do som de Santana o torna um colaborador ideal – seu álbum cheio de estrelas, Supernatural, de 1999, ganhou nove Grammys – e fonte de inspiração duradoura.
O estilo característico de James Burton – brilhante, claro e conciso – veio da música country e foi uma influência enorme sobre a guitarra do rock. Burton começou aos 14 anos, compondo “Susie Q”, para Dale Hawkins, e se tornou um astro adolescente quando entrou para a banda de Ricky Nelson em1957.
Com Nelson, Burton criou sua técnica única: usava os dedos junto com a palheta e substituiu as quarto cordas mais agudas de sua Telecaster por cordas de banjo, para que sua guitarra estalasse, estou- rasse e gaguejasse. “ Nunca comprava um disco de Ricky Nelson”, afirmou Keith Richards.“Comprava um discode James Burton.”
No final dos anos 60 e nos 70, ele fez parte da banda TCB de Elvis Presley e se tornou presença obrigatória em álbuns de Joni Mitchell e Gram Parsons, voltados para o country. Joe Walsh resume:“Burton era um cara misterioso: ‘Quem é ele e por que está em todas essas músicas de que gosto?’”
Fontes: Rolling Stone e Youtube