Em 1968, Jimi Hendrix falou sobre seu amor por um astro do blues de Houston, pouco conhecido fora da região: “É um dos melhores guitarristas do mundo”, disse. Albert Collins, que morreu de câncer de pulmão em 1993, tocava com o polegar e o indicador em vez de uma palheta para dar um estalo muscular em seus solos perfurantes e agudos. Seu estilo fluido e inventivo influenciou Hendrix abertamente: Jimi gostava tanto do sustain de Collins em “Collins Shuffle” que o usou em “Voodoo Chile”.
Quando o fundador da Rolling Stone, Jann S. Wenner, perguntou a John Lennon como ele se classificava como guitarrista, ele respondeu: “Não sou tecnicamente bom, mas posso fazer a guitarra uivar e se mexer. Nos Beatles eu era o guitarrista rítmico. Fazia a banda seguir em frente”. Lennon foi a vela de ignição dos Beatles, adicionando crueza a músicas pop cristalinas. Ouça os dedilhados viajando pelo ar de “Help!”, os riffs circulares de “Day Tripper” ou “The Ballad of John and Yoko” – em que, com George Harrison de férias, Lennon transformou acordes e solos rudimentares em mágica. Ele era capaz de criar um timbre feroz: no clipe promocional de “Revolution”, Lennon faz sua Epiphone Casino oca guinchar como um cortador de grama raivoso. Mesmo assim, não recebeu o devido crédito como guitarrista: “Chamam o George de cantor invisível”, afirmou Lennon. “Eu sou o guitarrista invisível.”
Fontes: Rolling Stone e Youtube