Mais conhecido pelo riff marcante de “Smoke on the Water”, do Deep Purple, Ritchie Blackmore ajudou a definir a guitarra do heavy metal ao misturar composições clássicas com blues rock bruto. “Achei o blues limitador demais, e a música clássica era muito disciplinada”, disse. “Sempre fiquei em uma terra de ninguém musical.” Blackmore causou rebuliço em Machine Head, de 1972; seus solos em “Highway Star” e em “Lazy” continuam modelos de pirotecnia metal. Ele revisitou a música antiga europeia com sua banda seguinte, Rainbow – até aprendendo violoncelo para compor “Stargazer”, de 1976 –, e agora explora o dedilhado renascentista com o Blackmore’s Night. Mas é seu trabalho no Deep Purple que influenciou uma geração de metaleiros. “Blackmore foi a representação máxima do fascínio que eu tinha pela essência do rock, esse elemento de perigo”, diz Lars Ulrich, do Metallica.
Muddy Waters estava lá no começo, no Delta, realmente sentado aos pés de Charley Patton e Son House. Era um garoto quando eles estavam em seu auge. Então, ele eletrificou aquilo. Tocava a guitarra de uma forma percussiva, como uma bateria. Quando toca slide, não é nas cordas agudas, é mais grave, gutural, e soa como se estivesse prestes a arrancá-las. Já era fã de Muddy quando ouvi suas gravações da Biblioteca do Congresso, capturadas por Alan Lomax em 1941 e 1942. Há algo vulnerável naquilo, mas também totalmente formado. O slide assumia a outra voz, como uma voz feminina em um coro. Muddy levou isso para Chicago. Mais tarde, à medida que envelhecia, tocava cada vez menos guitarra, mas, quando tocava, você sabia. Teve Buddy Guy e Jimmy Rogers em suas bandas, mas, quando se toca ao lado de Muddy, não se toca o que ele fazia, porque aquilo já estava coberto.
Fontes. Rolling Stone e Youtube