Tom Morello reimaginou a guitarra do rock para o mundo pós-hip-hop nos anos 90 com o Rage Against the Machine. Usando intensamente seus pedais de efeito, criou um novo vocabulário sônico – scratchs de toca-disco replicados em “Bulls on Parade”, as explosões do funk em “Killing in the Name” e o ataque de bombardeio em “Fistful of Steel”. A mistura de recursos, solos pirotécnicos e acordes trovejantes de Morello tem partes iguais do Stooges e do Public Enemy: “O Bomb Squad foi uma influência enorme para mim como guitarrista”, disse Morello se referindo ao time de produção do hip-hop que adorava um barulho. Depois de se afastar da teatralidade na guitarra nos últimos cinco anos com seu codinome de folk esquerdista, The Nightwatchman, Morello aumentou o volume mais uma vez no álbum mais recente do Rage, World Wide Rebel Songs.
Peter Buck considera Steve Cropper “provavelmente meu guitarrista preferido de todos os tempos”. Cropper tem sido o ingrediente secreto de algumas das melhores músicas do rock e do soul: na adolescência, teve seu primeiro hit (“Last Night”) com o Mar-Keys; passou a maior parte dos anos 60 no Booker T. and the MGs, a banda residente da Stax Records que tocava para Carla Thomas, Otis Redding e Wilson Pickett. Seu estilo econômico e cheio de soul apareceu em gravações de dezenas de astros do rock e R&B, incluindo até os Blues Brothers. Pense na introdução para “Soul Man”, de Sam and Dave, nas notas explosivas em “Green Onions”, de Booker T., ou nos detalhes cheios de filigranas em “(Sittin’ on) The Dock of the Bay”, de Redding – todas têm o som característico de Cropper, a quintessência da guitarra soul. “Não me importa estar no centro do palco”, diz Cropper. “Sou um membro da banda, sempre fui.”
Fontes: Rolling Stone e Youtube
Gostei do Tom Morello e Bruce juntos!