Quando as guitarras dão os shows…34

O falecido Curtis Mayfield foi um dos melhores cantores, compositores e produtores do soul norte-americano. Também foi um guitarrista discretamente influente cujas melodias e detalhes gentilmente fluidos, em gravações como “Gypsy Woman”, do Impressions, deixaram um impacto profundo em Jimi Hendrix, especialmente em suas baladas psicodélicas. “Nos anos 60, todo guitarrista queria tocar como Curtis”, afirmou George Clinton. Mayfield reinventou seu estilo nos anos 70, construindo sua nova música em torno dos ritmos fugazes do funk e de solos escassos, gestuais e com wah-wah, como em sua trilha sonora para Superfly e em sucessos como “Move on Up”. Suas sequências de acordes líquidos eram difíceis para outros músicos imitarem, parcialmente porque Mayfield tocava em uma afinação em fá sustenido aberto, como explicou: “Sendo autodidata, nunca a mudei.”

Prince tocou possivelmente o melhor solo de guitarra em uma balada na história (“Purple Rain”), e seu solo em uma versão all star de “While My Guitar Gently Weeps” durante a introdução de George Harrison ao Hall da Fama do Rock and Roll, em 2004, fez queixos caírem. Mas Prince também pode trazer o funk sujo (“Kiss”) ou estraçalhar como o metaleiro mais intenso (“When Doves Cry”). Às vezes, seu estilo mais quente funciona como pano de fundo – veja “Gett Off” e “Dance On”. Prince é comparado a Hendrix, mas vê isso de forma diferente: “Se realmente escutassem minhas músicas, ouviriam uma influência mais de Santana do que de Jimi Hendrix”, ele afirmou à Rolling Stone. “Hendrix tocava mais blues, Santana tocava mais bonito.” Para Miles Davis, que colaborou com ele no fim da vida, Prince era uma combinação de “James Brown, Jimi Hendrix, Marvin Gaye… e Charlie Chaplin. Como se pode errar com isso?”

Fontes: Rolling Stone e Youtube

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