Quando as guitarras dão os shows…37

Pai da guitarra punk e uma enorme influência sobre o metal moderno orientado por riffs, Johnny Ramone é um dos grandes anti-heróis do instrumento. John Cummings fez seu nome com uma guitarra Mosrite barata, sobre a qual ele martelou power chords em alta velocidade em um estilo devastador e minimalista que se tornou apropriadamente conhecido como “serra circular”. Um motor de ritmo puro, Johnny quase nunca tocava solos, mas seu estilo tinha o impulso de um trem que vem chegando à estação em alta velocidade. Em uma era na qual “pesado” era sinônimo de “lento”, o suingue primitivo e metronômico de seus riffs em “Blitzkrieg Bop” e “Judy Is a Punk” e os grilhões do trampolim pop de “Rockaway Beach” mostraram que dava para acelerar as coisas sem perder um centímetro de potência – um tanto surpreendentemente, já que seu herói na guitarra era Jimmy Page.

“É a mãe dos riffs”, diz o guitarrista Johnny Marr, se referindo à “batida Bo Diddley”, introduzida pelo guitarrista de Chicago nascido Ellas Otha Bates, mais conhecido como Bo Diddley. Levadas por sua guitarra–tremolo, músicas como “Mona” e “Bo Diddley” liberaram uma versão poderosa de um groove da África Ocidental que foi passado por escravos; depois de Diddley, o riff seria sequestrado por todos, de Buddy Holly aos Rolling Stones. Roqueiros de garagem e punks também reagiram à sua simplicidade crua (o Clash o levou para a turnê em 1979; os Smiths construíram “How Soon Is Now?” em torno do riff). “Qualquer um que pegasse a guitarra poderia fazer isso”, diz Dan Auerbach, do Black Keys. “Se você conseguisse manter a batida, poderia tocar Bo Diddley”. Keith Richards filosofou: “O estilo dele sugeria que o tipo de música que amamos não veio do Mississippi. Vinha de outro lugar”.

Fontes: Rolling Stone e Youtube

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